Com a participação de representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Secretaria de Povos Originários e Tradicionais do Tocantins (Sepot), a Articulação dos Povos Indígenas do Tocantins (Arpit), no âmbito do Projeto Redes Indígenas da Amazônia, realizou nesta quarta e quinta-feira, reunião estratégica para a construção e validação do Plano de Trabalho.
Desenvolvido pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), em parceria com a The Nature Conservancy do Brasil (TNC Brasil), o projeto tem como objetivo fortalecer as estruturas, ferramentas e capacidades institucionais e técnicas das nove organizações indígenas vinculadas à Coiab nos estados da Amazônia Legal, além da União das Mulheres Indígenas da Amazônia (Umiab). O encontro aconteceu no Hotel 10, em Palmas (TO), e reuniu lideranças indígenas das regionais da ARPIT e da TNC e teve como objetivo fortalecer a gestão territorial e ambiental das terras indígenas.
O Projeto Redes Indígenas da Amazônia é financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por meio do Fundo Amazônia. “Essa reunião marcou um passo fundamental na elaboração do plano de trabalho para os próximos três anos da ARPIT. Além disso, representou uma oportunidade para promover o diálogo entre lideranças indígenas do Tocantins e ampliar sua participação nas discussões com órgãos governamentais sobre políticas públicas”, afirmou Srewe da Mata, representante da Semarh.
Para o representante da Semarh, a iniciativa representa um avanço significativo na estruturação da ARPIT. "O fortalecimento da instituição facilitará e ampliará a parceria com a SEMARH e o Governo do Tocantins", destacou. Ele também ressaltou o compromisso da gestão estadual com a valorização das representações indígenas nos debates sobre políticas públicas, como a Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI), as Políticas Estaduais de Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas e o Programa Jurisdicional de REDD+.
A implementação do projeto e o fortalecimento da ARPIT, segundo Srewe da Mata, devem contribuir para um diálogo mais efetivo entre as entidades governamentais e os povos indígenas, promovendo ações conjuntas voltadas ao desenvolvimento sustentável, à conservação ambiental e à proteção dos territórios tradicionais.