O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) participa, entre os dias 18 e 20, em Brasília, do III Workshop Nacional de Mosaicos de Áreas Protegidas. O evento reúne os 26 mosaicos formalmente reconhecidos no Brasil, além de representantes de unidades de conservação, terras indígenas, comunidades quilombolas e órgãos responsáveis pela proteção dessas áreas.
Promovido pela Rede de Mosaicos de Áreas Protegidas (REMAP), o workshop busca fortalecer a governança dessas regiões e avançar no reconhecimento de novos mosaicos, além de gerar subsídios para sua regulamentação, com foco na participação ativa de povos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e extrativistas.
As discussões abrangem temas como conservação da natureza, restauração ecológica, proteção compartilhada dos territórios e as oportunidades sociais e de conhecimento geradas pelos mosaicos.
No Tocantins, o órgão ambiental é responsável pela coordenação do Mosaico do Jalapão, uma das áreas protegidas mais relevantes do Estado. Representando o Instituto no workshop, estão a gerente de Unidades de Conservação do Naturatins, Perla Oliveira, e a supervisora da Área de Proteção Ambiental (APA) do Jalapão, Rejane Nunes. Para elas, a participação da instituição no evento demonstra o compromisso com a conservação e gestão sustentável dos territórios protegidos, além de contribuir para o fortalecimento das políticas ambientais e o desenvolvimento sustentável das comunidades inseridas nessas regiões.
“O Mosaico do Jalapão é uma região de grande relevância ambiental e cultural, abrigando comunidades tradicionais e uma biodiversidade única. Nossa participação neste evento tem o objetivo de trocar experiências, estabelecer parcerias para fortalecer as ações do Conselho do Mosaico, garantindo uma gestão mais integrada e participativa da área”, afirmou a gerente Perla Oliveira.
Para Rejane Nunes, a articulação entre diferentes atores é essencial para que o Mosaico do Jalapão avance em suas políticas de conservação. “A governança dos mosaicos é fundamental para garantir a proteção dos territórios e o desenvolvimento sustentável das populações que vivem neles. Estamos aqui para construir soluções coletivas e alinhar estratégias que beneficiem tanto o meio ambiente quanto as comunidades locais”, destacou.
A importância dos Mosaicos de Áreas Protegidas
Os Mosaicos de Áreas Protegidas, regulamentados pelo artigo 26 do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), estabelecem que a gestão de um conjunto de unidades de conservação de diferentes categorias, quando localizadas em áreas próximas ou sobrepostas, deve ser conduzida de maneira integrada e participativa.
Atualmente, o Brasil conta com 26 mosaicos reconhecidos, sendo 17 pelo Ministério do Meio Ambiente e 9 pelos estados.
Criada em 2010, a REMAP reúne indivíduos, coletivos e instituições dedicados ao fortalecimento e implementação desses mosaicos no país. Seu propósito é integrar a conservação da natureza, a proteção da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida das populações que habitam essas áreas, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e comunidades quilombolas.