Domingo, 24 de Novembro de 2024

Escolas estaduais apresentam o valor da sustentabilidade na Feira Empreendedorismo, Ciência, Inovação e Tecnologia

A Escola Estadual de Paranã apresentou três projetos

Fotos: Marcio Vieira/Governo do Tocantins
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Josélia de Lima/Governo do Tocantins

16 novembro, 2023 às 17:43

Os estudantes do Colégio Estadual Desembargador Virgilio de Melo Franco, localizado em Paranã, mostraram o valor da sustentabilidade na 8ª  edição da Feira Empreendedorismo, Ciência, Inovação e Tecnologia (Fecit), que está acontecendo no Centro de Convenções Arnoud Rodrigues, em Palmas. A escola apresentou três projetos; o guindaste, xadrez e uma horta, todos elaborados com materiais recicláveis.

Neste ano, nove escolas estaduais apresentaram seus projetos na Feira de Empreendedorismo. E a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) apresentou os principais equipamentos que estão sendo utilizados nos laboratórios de Ciências que estão sendo instalados nas escolas do ensino médio.

O guindaste, construído com materiais como canos de PVC, motor de lâmpadas, peças de aparelhos de som e a base de compensado, foi um dos destaques da escola. O guindaste funciona e, com ele, os alunos estudam conceitos de Física, como movimento, eletricidade, força, entre outros. O tabuleiro de xadrez foi elaborado com materiais como serragem de madeira, isopor e thinner. E para construir a horta, os estudantes utilizaram pneus e base de ferros ou madeiras.

O professor de Física Waldisney Gonçalves de Almeida ressaltou os processos coletivos da elaboração e execução dos projetos que estão sendo realizados em parceria com o professor de Educação Física Marcio Sousa Silva e o professor de Biologia, Cristiano Hansen Neto.

O estudante Nicolas Moura Lopes de Almeida, 17 anos, da 2ª série do ensino médio, ressaltou o quanto os projetos ajudaram a escola a ser referência na região. “Fazer parte desses projetos nos ajuda a desenvolver um olhar diferente para o meio ambiente, passamos a dar mais valor ao reaproveitamento de materiais. Por exemplo, a nossa escola recebeu diversos materiais e equipamentos e muitas placas de isopor foram descartadas e nós utilizamos nas nossas experiências todo esse isopor”, esclareceu Nicolas.

De Paranã, participaram da Fecit os estudantes Mikael Richard Bernardes da Silva Soares, 18 anos; Raiane Arcanjo da Cunha, 18 anos; Joel Júnior Ramos Rodrigues, 15 anos; Nicolas Moura Lopes de Almeida e Antônio Barbosa da Silva Neto, 17 anos.

CEM Tiradentes

As estudantes do Centro de Ensino Médio Tiradentes apresentaram os resultados dos trabalhos e pesquisas da Trilha de Aprofundamento da Alimentação. Os trabalhos começaram com estudos sobre o bioma cerrado, a vegetação, as sementes, a colheita das sementes, a formação de mudas e, por último, a utilização do Baru e do Jatobá, como fonte alternativa de alimentação. Participaram das apresentações do projeto as estudantes Anielly Ferreira de Andrade, 18 anos; Maria Eduarda Rocha Machado, 17 anos; e Maressa Eduarda da Silva Santos, 18 anos.

A professora de Biologia, Juliana Kern, explicou que um dos objetivos do trabalho foi conhecer os nutrientes do Baru e do Jatobá e descobrir como as comunidades tocantinenses utilizam esses produtos na sua rotina alimentar.

“Na feira, apresentamos os valores nutricionais dos produtos e algumas receitas como o brigadeiro e a farinha de Jabotá e cookies de Baru. E fizeram sucesso”, comentou a estudante Anielly.

Escola utiliza a inteligência artificial para ajuda na evasão escolar

A equipe do Colégio Militar do Estado do Tocantins Senador Antônio Luiz Maya, em Palmas, apresentou, na Fecit, a utilização de programas de inteligência artificial como forma preventiva da evasão escolar.

O estudante Pedro Bertomsn, 16 anos, da 1ª série do ensino médio, explicou que, por meio da inteligência artificial e utilizando o programa Matcab, é possível ter disponíveis dados e gráficos sobre a situação dos estudantes e identificar casos de abandono escolar. “Com essas informações, a equipe pedagógica da escola elabora estratégias e ações para ajudar os alunos que estão propensos a desistiram da escola”, frisou.

E se a escola tivesse placas de energia solar?

Essa foi a pergunta feita pela equipe do Colégio Girassol de Tempo Integral Rachel de Queiroz, em Palmas. A partir de então, o colégio desenvolveu um projeto de utilização das placas de energia solar na unidade escolar. A unidade escolar apresentou uma planilha de custos e benefícios com a utilização das placas, que poderão ajudar principalmente nos sistemas de climatização da escola. Conforme a apresentação do projeto, em dois anos, a escola recupera o que gastou, com a economia de energia.