O Governo do Tocantins instituiu o Grupo Executivo responsável por realizar estudos e adotar providências preliminares para a concepção do projeto de construção do futuro Centro de Etnoturismo da Ilha do Bananal. A medida publicada no Decreto nº 7.040/2025, na sexta-feira, 7, reforça o compromisso da gestão estadual com o desenvolvimento sustentável, a valorização cultural dos povos indígenas e o fomento ao turismo responsável na região.
De caráter técnico, o Grupo Executivo será composto pela Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot) e contará com representantes das Secretarias de Parcerias e Investimentos (SPI), do Turismo (Setur), do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), da Cultura (Secult) e do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins).
Entre as atribuições do grupo estão a definição da metodologia de estudos e pesquisas sobre o potencial turístico, econômico e social da Ilha do Bananal, a regulamentação de regras e protocolos de consulta prévia às comunidades locais, bem como a elaboração de um Plano de Trabalho contendo etapas, metas e obrigações de cada órgão envolvido.
O decreto também prevê a realização de reuniões de planejamento e discussão, com registro em atas, além da possibilidade de convidar instituições públicas e privadas para colaboração técnica, garantindo transparência, diálogo e integração com a sociedade civil.
Para o governador em exercício, Laurez Moreira, a criação do grupo representa um passo importante para a consolidação de um projeto estratégico que une turismo, cultura e sustentabilidade.
“A Ilha do Bananal é um patrimônio natural e cultural inestimável. Nosso objetivo é transformar esse potencial em oportunidades reais de renda e reconhecimento, com protagonismo das comunidades indígenas. O Centro de Etnoturismo será um marco para o Tocantins e para o Brasil”, afirmou.
A secretária de Estado dos Povos Originários e Tradicionais, Narubia Werreria, destacou que o decreto simboliza o início concreto de uma política pública estruturante.
“O projeto é inédito e posiciona o Tocantins no mapa mundial do etnoturismo. Ele nasce do diálogo com os povos Iny (Karajá e Javaé) e Avá-Canoeiro, com foco na geração de renda, na valorização da cultura e na preservação da natureza”, ressaltou.
Avanço do projeto
O decreto traz a determinação do governador em exercício, Laurez Moreira, que reuniu secretários de Estado para discutir a criação do Centro de Etnocultura e Turismo da Ilha do Bananal.
Na ocasião, ficou alinhada a formação de um grupo de trabalho com a participação das pastas envolvidas e a realização de visita in loco à Ilha do Bananal para dialogar com as lideranças indígenas, apresentar a proposta e colher a anuência das comunidades antes da fase de implantação.
O projeto de iniciativa da Sepot, em parceria com Setur, Semarh, Secult, Naturatins e SPI, está estruturado em cinco eixos principais — Etnoturismo e Cultura Viva; Educação e Formação Tecnológica; Saúde, Bem-Estar e Segurança Sanitária; Agrofloresta e Cooperativismo Produtivo; e Infraestrutura e Logística Sustentável.
A iniciativa reflete o protagonismo do Governo do Tocantins por meio da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais na construção de um modelo de desenvolvimento que alia sustentabilidade, respeito cultural e inovação social, reafirmando o papel do Estado como referência nacional em políticas públicas voltadas aos povos originários e tradicionais.


