Por iniciativa da superintendência regional de Pernambuco do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o forró será objeto de pesquisa a partir deste ano com a parceria da Associação Respeita Januário, respeitada instituição que estuda a música e o viver nordestinos. O anúncio foi feito durante o Seminário Forró e Patrimônio Cultural realizado entre os dias 8 e 10 de maio últimos no Centro Cultural Cais do Sertão e no Paço do Frevo, ambos no Recife (PE).
A pesquisa, que tem como tema central Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil, visa investigar as dimensões melódicas, harmônicas, rítmicas e coreográficas do estilo. No estudo também será analisado o modo de construir instrumentos musicais e os contextos sociais e culturais nos quais a expressão cultural está definida. O Iphan busca a participação ativa das comunidades e atores sociais que mantém viva a tradição no país para incrementar a pesquisa.
Durante o seminário, com a presença de músicos, dançarinos, produtores, autoridades, pesquisadores, gestores públicos e culturais, a presidente do Iphan, Kátia Bogéa ressaltou a importância do forró como expressão da cultura brasileira, que segundo ela canta a beleza da vida. “A cultura nos une e nos fortalece! E a beleza do forró é que ele traz uma dupla dimensão. Canta e toca tão profundamente a cultura brasileira, trazendo à tona as mazelas que enfrentamos”.
Ainda participaram do seminário representantes do Iphan de todo o Nordeste e de Estado com forte presença das matrizes do forró, como São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Espírito Santo. O período das festas juninas de 2019, que mobiliza o Nordeste, abre as pesquisas de campo. A expectativa é que o trabalho seja concluído no final de 2020.