Segundo cálculos da equipe de Ciências do WWF-Brasil, baseado em dados do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foram queimados 113.743 km² de áreas da Amazônia, Cerrado e Pantanal até 31 de agosto deste ano. Assim, houve um aumento de 87% em relação ao mesmo período de 2018, quando a soma de áreas queimadas foi de 60.614 km².
O bioma mais afetado foi o Cerrado (63.698 km²), seguido da Amazônia (43.573 km²) e do Pantanal (6.472 km²). Em outros biomas como a Caatinga, a Mata Atlântica e os Pampas a área queimada soma 17.584 km².
Também houve aumento do número de focos de queimadas até 24 de setembro. Enquanto a Amazônia é o bioma mais afetado com 64.613 focos registrados, o que representa um aumento de 45% em relação ao ano passado, o Pantanal teve o maior crescimento de focos de queimadas (338%). O Pantanal registrou 5.890 focos e o Cerrado 49.318, 67% maior que em 2018.
Outro dado importante é que ocorreu um crescimento de 134%, em relação ao ano passado, nas áreas de alertas de desmatamento (Deter/INPE) dentro de áreas protegidas (UCs) e terras indígenas (TIs), no período de janeiro a agosto.
Segundo análise do WWF-Brasil, 31% dos focos de queimadas na Amazônia até agosto ocorreram em áreas que eram floresta até julho de 2018, o que significa que, em média, um em cada três focos de queimadas neste ano não tiveram relação com a limpeza de pastagens, mas sim com queimadas empreendidas após o corte de áreas de floresta.
(Com informações da WWF-Brasil)