Ao assumir nesta quarta-feira, 29, a presidência do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), o empresário Gilson Machado Neto defendeu um maior uso de aeroportos regionais e a adoção de estratégias para ocupar a rede hoteleira, que atualmente possui 50% dos leitos desocupados. O pernambucano disse ainda, durante a solenidade de posse, que pensa em transformar a autarquia em agência visando o desenvolvimento do turismo.
Gilson Machado Neto anunciou que pretende explorar novos segmentos como turismo de contemplação, ecoturismo náutico, pesca esportiva, turismo de cruzeiro; turismo de estudo militar, turismo religioso, e a dinamização de oferta de opções para pessoas aposentadas fazerem turismo interno. “Vamos em época de crise e contingência usar alternativas inteligentes e de baixo custo para fomentar o turismo no exterior, valorizando imediatamente o trade interno que é nossa base de sustentação econômica”, disse.
O Plano Nacional de Turismo do governo federal prevê o aumento de 60 milhões para 100 milhões de brasileiros viajando internamente e a recepção de 12 milhões de estrangeiros até 2022. Atualmente este número é de 6,6 milhões. O país é a 11ª economia em turismo no mundo, e é considerado como o maior destino em biodiversidade e o oitavo destino em diversidade cultural.
Apesar dessa riqueza, o segmento ainda é deficitário para o Brasil. O país tem uma receita de US$ 6 bilhões com turistas estrangeiros e os brasileiros gastam US$ 19 bilhões no exterior, um déficit de US$ 13 bilhões.