Sexta, 17 de Outubro de 2025

Governo do Tocantins avança na regularização fundiária quilombola com atuação integrada entre órgãos

Atualmente, os trabalhos estão concentrados na Comunidade Quilombola Rio Preto, localizada em Lagoa do Tocantins .

Ascom Sepot
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Adrielly Cavalini/Governo do Tocantins

16 outubro, 2025 às 23:19

O Governo do Tocantins segue avançando no processo de regularização fundiária de comunidades quilombolas na região do Jalapão. Nesta quinta-feira, 16, os representantes das instituições que fazem parte do Grupo de Trabalho de Regularização Fundiária Quilombola discutiram o andamento das ações e alinharam as próximas etapas do processo, fortalecendo a integração entre os órgãos envolvidos.

O GT é formado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a Secretaria de Povos Originários e Tradicionais (Sepot), a Tocantins Parcerias, o Instituto de Terras do Tocantins (Itertins), a Universidade Federal do Tocantins (UFT) e o Núcleo de Prevenção e Regularização Fundiária (Nupref), da Corregedoria Geral de Justiça do Tocantins, criado por meio do Acordo de Cooperação Técnica (ACT), que prevê ações voltadas à regularização de sete comunidades quilombolas no estado.
Atualmente, os trabalhos estão concentrados na Comunidade Quilombola Rio Preto, localizada em Lagoa do Tocantins, que é a primeira a receber atenção dentro do plano de execução.

O presidente da Tocantins Parcerias, Aleandro Lacerda, destacou o papel da Companhia no apoio técnico e na articulação institucional para que o processo avance de forma eficiente e transparente. “A Tocantins Parcerias tem atuado lado a lado com os órgãos parceiros para garantir que a regularização fundiária quilombola aconteça de forma organizada e efetiva, respeitando a história e a cultura das comunidades. Esse trabalho representa mais do que a entrega de títulos, é o reconhecimento de um direito e a construção de um futuro mais justo e sustentável”, afirmou.

Trabalho técnico e integração entre instituições

O chefe da Divisão de Territórios do Incra, Hebert Costa Levy, explicou que as equipes estão na fase técnica de elaboração do relatório antropológico, um estudo social, cultural e territorial essencial para o reconhecimento e a futura titulação do território. “Esse relatório é fundamental para identificar e delimitar o território tradicional da comunidade, servindo como base para as próximas etapas da regularização fundiária”, assegurou.

A diretora de Proteção aos Quilombolas da Sepot, Ana Cleia, ressaltou que a Secretaria tem o papel de garantir o respeito aos direitos das comunidades e a proteção de seus territórios tradicionais. “A Sepot acompanha de perto esse processo para assegurar que todas as ações respeitem a identidade, a vivência e a dignidade das comunidades quilombolas”, afirmou.

A expectativa é que, até o próximo ano, o território da comunidade Rio Preto esteja delimitado, possibilitando o avanço das etapas seguintes e, futuramente, a emissão do título definitivo da área.

Compromisso do Governo do Tocantins

Com a união de esforços entre as instituições estaduais e federais, o Governo do Tocantins reafirma seu compromisso em promover uma regularização fundiária justa e inclusiva, que reconheça os direitos históricos das comunidades quilombolas e contribua para o desenvolvimento social e sustentável dessas populações.