O secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Marcello Lelis, realizou uma vistoria técnica para verificar a situação hídrica nos principais rios da Bacia do Rio Formoso nessa segunda-feira, 16. Marcello Lelis, acompanhado pelo presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) Edvan Silva, e pelo diretor de Gestão e Planejamento dos Recursos Hídricos da Semarh, Aldo Azevedo, visitou diferentes pontos para avaliar os avanços na conservação dos rios.
Após a agenda com o governador Wanderlei Barbosa, no município de Lagoa da Confusão, que marcou a entrada do Exército Brasileiro no combate aos incêndios florestais no Estado, os gestores percorreram pontos onde foram instaladas elevatórias para verificar a situação a jusante e a montante das estruturas. "Com a realização de um estudo, vamos tirar conclusões mais precisas sobre a situação dos corpos hídricos da região para orientar nossa tomada de decisões", disse.
O presidente do Naturatins, coronel Edvan Silva, ressalta que, com esse estudo, será possível decidir sobre a necessidade da construção de novas elevatórias ou não. "Essas informações possibilitam a adoção de ações que respeitem todos os lados envolvidos na questão e garantam a conservação dos recursos hídricos", afirmou.
De acordo com o diretor de Gestão e Planejamento dos Recursos Hídricos da Semarh, Aldo Azevedo, na observação dos rios da região é possível verificar, visualmente, uma melhoria na situação. "Agora, falta uma comparação técnica desses resultados, o que será possível com os dados disponibilizados pela rede de monitoramento", explicou.
Em cumprimento a uma decisão judicial, o Governo, por meio da Semarh, instalou quatro Plataformas de Coleta de Dados (PCD), sendo uma montante no eixo Tartaruga e a jusante, no mesmo eixo, e outra, a montante do eixo ponte, e a jusante das elevatórias, o que possibilitará um monitoramento preciso e em tempo real da situação hídrica próxima às elevatórias.
Suspensão
A suspensão da captação de água na Bacia do Rio Formoso até o dia 30 de novembro foi formalizada em 30 de agosto, após parecer da Câmara Técnica, formada por membros da pasta, da Secretaria das Cidades e Desenvolvimento Regional (Secid), do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), da Associação dos Produtores do Oeste do Tocantins (Aproeste) e do Comitê da Bacia (CBHRF).
Já a Promotoria de Justiça Regional Ambiental do Araguaia requereu, em ação judicial em andamento, a suspensão de todas as outorgas de captação de água na Bacia do Rio Formoso entre os meses de julho e outubro, pelo prazo de cinco anos, como forma de garantir a recuperação dos recursos hídricos. A medida drástica, segundo a instituição, é necessária diante da grave crise que atinge a região, agravada pela falta de chuvas e pela gestão inadequada dos recursos hídricos.