Domingo, 24 de Novembro de 2024

Biblioteca Mágica Itinerante promove formação de profissionais com poesia e literatura

O projeto contempla também o Plano Municipal da Educação (PME)

crédito foto: Luara Jaccoud
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11 março, 2024 às 17:21

O Projeto Biblioteca Mágica Itinerante é mais uma ferramenta para a formação dos profissionais que atuam nas bibliotecas escolares. Com a temática (Re)encantando a Formação de Leitores com Poesia e Magia, a Secretaria Municipal da Educação (Semed) vem promovendo a formação ativa dos profissionais da rede que atuam diretamente na biblioteca escolar, além de ofertar a troca de experiências e oficinas criativas. Por meio das formações, as profissionais Ana Kamila Castaño e Gislene Carmagos buscam incentivar o uso das bibliotecas, expandindo o trabalho na perspectiva interdisciplinar e o maior envolvimento entre a equipe escolar. 

O projeto contempla também o Plano Municipal da Educação (PME), que prevê a promoção, com especial ênfase e em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores e leitoras e a capacitação de professores, bibliotecários e agentes da comunidade para atuar como mediadores de leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem.

Gislene Camargos é doutora e mestre em Ensino de Língua e Literatura pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e realizou pesquisas qualitativas e de cunho interdisciplinar para suas teses de mestrado e doutorado. Em sua pesquisa, ela constatou que o lúdico, em destaque, a contação de história, é preponderante na formação de memórias de leitura em todas as idades. “Isso é importante para a formação de um adulto com capacidade para ser um leitor autônomo, critico, criativo e, por que não um escritor!?”, reforça Gislene.

A Educação de Palmas utiliza o lúdico no currículo escolar como opção de práticas pedagógicas. Para Gislene, esse projeto é fundamental para tornar a biblioteca um espaço cultural vivo. “Além de escritora, sou servidora da rede e tenho experiência como professora e atuação na biblioteca. Minhas pesquisas acadêmicas fortaleceram ainda mais a minha ligação com esse projeto. Eu acredito na importância do lúdico na formação de leitores, entre estudantes e profissionais da rede e no envolvimento da família e da comunidade”, salienta.

O Biblioteca Mágica Itinerante é um projeto que promove a troca de experiência acerca das ações desenvolvidas nas bibliotecas escolares. Segundo Luciana Valani, da Escola Municipal Darcy Ribeiro, a formação é enriquecedora. “É um momento especial de troca de experiência e evolução da nossa atuação na biblioteca. Ana Kamila e Gislene possibilitaram maior vínculo entre a equipe escolar, o que permitiu a partilha de informações. Elas nos ajudaram também com as pesquisas para desenvolvimento de projetos internos. Sou grata a elas por facilitar esses acontecimentos no espaço escolar de forma tão afetiva e lúdica”, enaltece Luciana.

Desde o ano passado, quando o projeto foi implantado, 38 unidades educacionais já foram visitadas. Nas idas às escolas, as educadoras levam uma cesta recheada de poesia e uma mala personalizada com vários livros. A equipe passeia pela escola distribuindo poesia e literatura. “Percebemos que, quando levamos o projeto para dentro da unidade escolar, uma chama é acesa. É perceptível o estímulo para se apropriar do espaço físico da biblioteca, criar projetos e atividades. Isso proporciona um trabalho efetivo e, sobretudo, um olhar mais sensível e afável para os profissionais que atuam dentro das bibliotecas. Isso faz a diferença na qualidade do serviço que chega aos estudantes”, destaca Ana Kamila.

Para este ano letivo, a meta é visitar todos os Centros Municipais de Educação Infantil (Cmei) e revisitar as demais unidades, principalmente, as que foram inauguradas recentemente. “A importância de visitar os Cmeis é inspirar e incentivar, não só os profissionais que atuam dentro da biblioteca, mas toda a equipe escolar e também a comunidade. Acabamos envolvendo a todos nessa entrega de poesia”, conclui Gislene.

Texto: Semed

Edição: Secom