Com a proposta de oportunizar experiências inovadoras e agradáveis aos visitantes da Feira de Tecnologia Agropecuária do Tocantins (Agrotins), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) construiu uma estrutura permanente e ecologicamente correta. A arquitetura do espaço edificada com materiais 100% reutilizáveis e reaproveitamento de água, exposição de sistema integrado de horta e piscicultura são alguns dos atrativos do estande da Seduc na Agrotins 2024, que ocorre de 14 a 18 de maio, em Palmas.
No espaço da Educação, os visitantes da feira podem conhecer ações desenvolvidas pela Seduc em todo o território tocantinense e vivenciar as experiências apresentadas pelas escolas agrícolas e agropecuárias que integram o programa Seduc Agro - Caminho para um futuro sustentável. Em todo o Tocantins, mais de 7.500 estudantes são atendidos pelas escolas do campo, famílias agrícolas e quilombolas.
Seduc Agro
O principal objetivo do Seduc Agro é integrar as práticas educativas à agronomia e agricultura, promovendo o conhecimento e incentivando a inovação com foco na melhoria da educação do campo, impactando na formação de mão de obra qualificada e contribuindo para a economia tocantinense.
Nas escolas agrícolas do Tocantins, além dos componentes curriculares comuns, como língua portuguesa e matemática, os estudantes aprendem na teoria e na prática sobre as atividades da agropecuária e da agricultura, duas áreas de grande relevância econômica na composição do Produto Interno Bruto (PIB) do Tocantins. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a agricultura no Estado se destaca como a área com maior elevação anual, apresentando um crescimento de 31,5%, em 2023.
“O Tocantins tem essa vocação para o agro. Por isso, estamos trabalhando a fim de reestruturar os projetos das unidades escolares e fortalecer o desenvolvimento da educação do campo, valorizando os saberes próprios e, consequentemente, favorecendo a formação de profissionais qualificados para contribuir com o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado. O incentivo à participação de feiras, como a Agrotins, e de eventos ligados ao agronegócio também são fundamentais para reforçar a aprendizagem dos nossos estudantes”, destacou Fábio Vaz, secretário de Estado da Educação.
Permacultura
Os visitantes da 24ª Agrotins podem conferir, no estande da Seduc, a horta e o tanque de piscicultura em sistema mandala, que são integrados e auto-alimentáveis. Baseada na metodologia permacultura, a água do tanque de criação é enriquecida pelos dejetos dos peixes e restos de ração, o que torna a água um biofertilizante rico em nutrientes, servindo para irrigar a produção das hortaliças.
O estudante Silvio Eduardo Marques dos Santos, da 1ª série do curso técnico em agropecuária, na Escola Família Agrícola de Porto Nacional, explicou o funcionamento do sistema desenvolvido na unidade de ensino. “Este é um modelo sustentável, que é capaz de gerar renda e serve também para o consumo das famílias, tanto dos produtos da piscicultura quanto das hortaliças e ervas produzidas. Aqui, tudo é aproveitado. A água do tanque, muito rica em nutrientes, vai para a horta e as sobras das hortaliças são aproveitadas para alimentar as galinhas”, contou.
Arquitetura Biofílica
A partir deste ano, a estrutura da Seduc na Agrotins será fixa. A obra foi planejada de acordo com os conceitos da arquitetura biofílica, que prioriza o uso de materiais ecologicamente corretos, como madeira certificada, vidros de baixo consumo energético, tintas naturais e revestimentos orgânicos.
A construção sustentável utiliza elementos e materiais que não degradam o meio ambiente e geram menos resíduos, quando comparados com as obras convencionais. O uso do bambu e plantas ornamentais para a forração proporcionam mais conforto térmico e estético ao ambiente, que conta ainda com amplas portas de vidro, para aproveitamento da luz natural, além de luminárias artesanais feitas de palha. Outra funcionalidade importante no estande é o reaproveitamento da água dos aparelhos de ar-condicionado para diversas finalidades, como irrigação da horta e limpeza do estande.
“A arquitetura biofílica busca estimular os sentidos das pessoas. A introdução de elementos, como o som da água, texturas táteis, aromas naturais e integração com a natureza, cria uma experiência sensorial agradável no ambiente. Esses estímulos têm o poder de promover o relaxamento e a criatividade, contribuindo para que o estande seja mais produtivo e saudável”, explica Ana Paula Arantes, arquiteta da Seduc.
PROFE Digital
Além de todas essas inovações, quem passar pelo estande da Seduc pode conhecer o PROFE Digital, que integra o Programa de Fortalecimento da Educação (PROFE), ação macro desenvolvida em oito eixos. O PROFE Digital tem como objetivo promover a transformação tecnológica na rede estadual de Educação, com investimentos na aquisição de equipamentos, formações para os profissionais e melhoria da conectividade nas unidades escolares de todo o território tocantinense.
No espaço da Seduc na Agrotins, estão expostos terminais com chromebooks, iguais aos que as escolas estaduais de ensino médio integral receberam do Governo do Estado, para uso dos estudantes. Foram destinados R$ 41,6 milhões para aquisição de 13,6 mil chromebooks e carrinhos de transporte e carga dos equipamentos.
Notebooks do mesmo modelo que os professores das escolas estaduais receberam do governo estadual também estão em exposição. Os equipamentos são importantes ferramentas de trabalho para os educadores. Para adquirir cerca de 14 mil notebooks, o Governo do Tocantins destinou mais de R$ 49 milhões.
Experimentos científicos
Quem visitar o estande da Seduc ficará, literalmente, de cabelo em pé, com o experimento de ciências do Gerador de Van de Graaff. O equipamento é capaz de transformar energia mecânica em energia eletrostática e, assim, arrepiar os cabelos do participante.
Essa e outras experiências instigantes demonstram como são utilizados os laboratórios de ciências da natureza e suas tecnologias nas escolas estaduais de ensino médio. Mais de 300 unidades escolares foram contempladas com os kits de laboratório de Biologia, Física e Química, que demandaram um investimento de cerca de R$ 58 milhões em recursos do tesouro estadual.