Com o intuito de integrar as ações de conservação do Cerrado, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) finalizou nesta quarta-feira, 27, um intercâmbio de conhecimentos e experiências entre as Áreas de Proteção Ambiental do Jalapão e Lago de Palmas. A programação teve início nessa terça-feira, 26, e envolveu atividades educativas sobre a preservação do pato-mergulhão na Comunidade Quilombola Rio Novo, visita em áreas assoreadas, diálogo com agroextrativistas e troca de conhecimento entre brigadistas.
A supervisora da APA do Jalapão, Rejane Nunes, informou que o propósito da ação foi compartilhar experiências e fortalecer a colaboração entre as duas unidades de conservação, com foco na preservação ambiental de forma integrada, considerando o amplo conhecimento da equipe da APA Lago de Palmas sobre plantio de espécies nativas e recuperação de áreas degradadas.
Além disso, a ação visou promover a troca de experiências entre brigadistas das duas APAs para fortalecer o conhecimento técnico e operacional em relação ao Manejo Integrado do Fogo (MIF) e outras práticas fundamentais para a prevenção e combate a incêndios florestais.
As atividades da terça-feira, 26, foram realizadas na Comunidade Quilombola Rio Novo, onde crianças participaram de atividades de interpretação ambiental voltadas especificamente para o pato-mergulhão. “Foram discutidos os desafios enfrentados por essa espécie ameaçada de extinção, bem como as estratégias de conservação necessárias para sua sobrevivência. O sentimento de pertencimento à natureza também foi enfatizado, especialmente para os alunos da escola rural”, explicou a supervisora.
As equipes também estiveram no Córrego Curicaquinha, que devido ao processo de assoreamento, a APA do Jalapão desenvolveu um projeto de revitalização dessa área degradada. Os técnicos da APA do Lago de Palmas, com vasta experiência em restauração e plantio de mudas, participaram das discussões sobre técnicas de recuperação. A comunidade local, incluindo crianças, também esteve envolvida.
Nesta quarta-feira, a etapa do intercâmbio esteve voltada para o agroextrativismo. De acordo com Rejane Nunes, houve uma troca de experiências com família agroextrativista da Comunidade Galheiros e visita ao plantio de Mangaba e viveiro de mudas. “A equipe do Lago de Palmas visitou viveiros e interagiu com membros da comunidade para trocar informações sobre técnicas de plantio e manejo sustentável”, informou.
O supervisor da APA Lago de Palmas, Abel Andrade, destacou a importância da troca de conhecimento e experiência entre as equipes das unidades de conservação. “Essa integração beneficia tanto os técnicos, que podem conhecer a rotina e o funcionamento da região, quanto a comunidade local, que tem a oportunidade de ampliar seu processo de desenvolvimento. Esta possibilidade de compartilhar experiências é fundamental e contribui para a preservação e gestão sustentável das APAs”, concluiu.