O Comando de Ações de Defesa Civil (CODEC) e Serviço Geológico do Brasil (SGB) realizaram, no mês de fevereiro, quatro dias de inspeções para elaboração de mapeamentos geológicos nas regiões de Taguatinga-TO e Lavandeira-TO. O estudo foi feito devido ao alto índice de chuvas torrenciais nesta época do ano, aumentando a preocupação com os perigos advindos dessa situação, sendo necessário realizar uma avaliação sobre o risco geológico na região. A divulgação dos resultados obtidos durante a inspeção está prevista para essa semana.
“Este risco resulta da combinação entre a probabilidade de ocorrência de um evento adverso de natureza geológica e a magnitude de suas consequências socioeconômicas”, explicou o Gerente de Assistência Humanitária e Operações da Defesa Civil Estadual, Aspirante a Oficial, Kalleb Andrade.
Por meio de tecnologia avançada utilizando aeronave remotamente pilotada (RPA), a qual tirou inúmeras fotos das erosões com a finalidade de modelar imagens em 3D a partir de tecnologia de softwares específicos, foi possível constatar que a região de Taguatinga-TO apresenta uma grande ravina causada pelo escoamento das chuvas, enquanto em Lavandeira-TO também foi identificada uma situação semelhante. A análise apontou para a considerável probabilidade de danos às lavouras na região da Bahia caso as erosões avancem, enquanto no Tocantins o risco é menor devido à baixa probabilidade de dano socioeconômico.
A próxima etapa será a divulgação dos resultados para que se possam identificar com mais precisão as causas dos fenômenos observados e tomar as medidas necessárias para preservar o equilíbrio ambiental das regiões estudadas e prevenir futuras ocorrências. A expectativa é de que as informações obtidas contribuam para a implementação de ações de prevenção e mitigação dos riscos geológicos identificados, visando à segurança e bem-estar das comunidades locais.
“ O papel da Defesa Civil é fazer a prevenção de desastres e o Serviço Geológico do Brasil é um dos parceiros. Fazer o trabalho preventivo, levantamento das áreas de risco ajuda a evitar que pessoas venham a sofrer acidente e aumente o problema para aquela localidade, além do problema ambiental que já está sendo tratado pelo órgão ambiental. Outras ações podem vir a acontecer conjuntamente, e sempre buscando isso, atuar não só na resposta, mas na prevenção dos desastres, porque atuar na prevenção, é melhor e mais eficiente, e a chance de ter problema, perda de vidas humanas, é muito menor”, ponderou o superintendente do Comando de Ações de Defesa Civil Estadual, coronel Erisvaldo Alves.