Segunda, 15 de Setembro de 2025

‘Desafios da Socialização de Adolescentes Autistas’ é tema de projeto desenvolvido por acadêmicos de Psicologia

Desafios enfrentados por neuro divergentes está entre temas atuais trabalhados por alunos e professores da Afya Araguaína

Foto: Divulgação
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Cênicas Comunicação

15 setembro, 2025 às 12:24

Araguaína, 15 de setembro de 2025 – No contexto da formação em Psicologia da Afya Araguaína (antigo Unitpac | Afya), um grupo de seis estudantes do 3º período escolheu abordar e estudar o tema “Os desafios da socialização de adolescentes autistas”, uma fase repleta de exigências sociais complexas que vão muito além do ambiente escolar. Embora existam muitos estudos focados em crianças, poucos exploram especificamente as vivências de jovens autistas na adolescência etapa essencial para o desenvolvimento de identidade e escolhida para o acompanhamento. O curso de Psicologia se destaca, entre outros motivos, por atuar em temas atuais e de alto impacto na sociedade, como é o caso do comportamento para grupo de neuro divergentes. Além disso, o curso tem ampla área de atuação e oferece diversas possibilidades nas áreas social, escolar, organizacional, do trabalho e psicologia da saúde.

“O nosso artigo visa destacar lacunas no conhecimento atual e propor estratégias de inclusão e apoio que possam promover participação social verdadeira entre adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA)”, explicou uma das acadêmicas do projeto, Suely Sousa Lopes Marinho, acrescentando: “Tivemos a ideia do projeto de extensão extracurricular para vivenciarmos melhor o assunto na prática. Foram realizados 10 encontros semanais com oito jovens autistas na faculdade; algumas mães compartilharam conosco a rotina de seus filhos enquanto aguardavam. Foi uma experiência maravilhosa e de muito aprendizado. Pretendemos continuar encontrando o grupo uma vez por mês, para dar continuidade ao Treino de Habilidades Sociais”. O projeto foi acompanhado e orientado pela professora Karoliny Mendonça.

A acadêmica completou: “A Psicologia possui um campo muito amplo; essa área é bastante interessante. Estamos conhecendo, para decidir onde atuar após a graduação. Enquanto isso vamos estudando e tentando contribuir da melhor forma, na busca por conhecimento e relacionando-o com a prática cotidiana”.

A acadêmica é mãe de autista, Shirley Dias Miranda Batista relata “Como mãe de um adolescente autista, percebo diariamente os desafios que ele enfrenta na socialização e no desenvolvimento da autonomia. Durante a elaboração de um artigo para a disciplina de Estágio Básico II, identificamos a escassez de referências bibliográficas sobre esse tema. A partir desses dados e da minha vivência, nosso grupo teve a ideia de desenvolver um projeto que ofereça um espaço seguro e acolhedor, onde jovens com TEA possam treinar habilidades sociais e se sentir verdadeiramente compreendidos”

A estudante de Psicologia complementa “compreendo que esse trabalho vai muito além da academia, pois aproxima os futuros profissionais da realidade, desperta empatia e mostra como a Psicologia pode, de fato, transformar vidas. Para outras mães e famílias, iniciativas como essa representam suporte, orientação e esperança, além de oferecer ferramentas práticas para melhorar a qualidade de vida dos adolescentes no dia a dia.”

A coordenadora do curso, Shimony Coelho Machado, explica: “Quem desperta interesse pela Psicologia vem estudar conosco. As inscrições estão abertas e podem ser feitas no site da instituição. Nosso curso tem duração de cinco anos, engloba teoria e prática, e, o melhor, inicia estágios a partir do segundo período. Esses estágios começam com atividades mais simples e evoluem para mais complexas, abrangendo pesquisa e atuação em diversas áreas”.

A partir do 8º período, os acadêmicos participam da clínica escola de psicologia, “onde atendem pessoas gratuitamente, por livre demanda. Temos inclusive uma grande fila de espera, uma forma de reconhecimento do trabalho que desenvolvemos em Araguaína. Nosso curso já formou oito turmas e é reconhecido pelo MEC com nota máxima (5)”, completou a coordenadora.