Nesta quinta-feira, 11 de setembro, celebra-se o Dia Nacional do Cerrado, que é o segundo maior bioma da América do Sul, tendo aproximadamente 2 milhões de km² e ocupando, assim, 22% do território brasileiro. Com forte presença nos estados do Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Cerrado também apresenta cobertura em Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná e São Paulo, com alguns reflexos no Amapá, Roraima e Amazonas.
O bioma conta com grande riqueza de fauna e flora, abrigando mais de 11,6 mil espécies de plantas nativas catalogadas, além de 199 espécies de mamíferos, 837 de aves, 1200 de peixes, 180 de répteis e 150 de anfíbios, segundo dados do Ministério do Meio Ambiente (MMA). Ainda pode-se destacar que o Cerrado é habitat de 13% das borboletas e 35% das abelhas no país, e conta com mais de 10 tipos de frutos comestíveis, como o Pequi, Buriti, Mangaba, Cagaita, Bacupari, Cajuzinho do cerrado, Araticum e as sementes do Barú.
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Além da riqueza na fauna e flora, é no Cerrado que nascem as três maiores bacias hidrográficas da América do Sul: Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata.
A importância do Cerrado é ainda maior para quem vive uma relação mais estreita de sobrevivência com o bioma, a exemplo das comunidades indígenas, quilombolas, geraizeiros, ribeirinhos, babaçueiras, vazanteiros. Esses povos, além de habitarem os locais de vegetação do bioma e se desfrutarem dos recursos naturais para sobreviver, ainda o utilizam, muitas vezes, para a geração de renda.
No período mais seco no Tocantins, entre os meses de agosto e outubro, o Cerrado é uma das maiores vítimas, sofrendo intensas queimadas seja por ação humana ou ordem natural. Para a queimada controlada, é exigida uma autorização do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Durante o período de estiagem, em que a baixa umidade do ar e a formação de ventos aumentam o risco de queimadas descontroladas, o Naturatins suspende a autorização para queimadas. Neste ano, o período de suspensão vai do dia 20 de julho até 20 de novembro.
Além das queimadas, o desmatamento também prejudica o bioma, que nos últimos anos têm ocorrido desenfreadamente. Mas segundo dados de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), que não são números consolidados, mas trazem um panorama da situação, até agosto deste ano foram desmatados 3.931 km² de cerrado. Esse número representa uma queda de 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram detectados 4.391 km² de desmatamento.