Sexta, 29 de Março de 2024

Pesca

Naturatins irá prorrogar por mais um ano a proibição de pesca no Rio Caiapó

Interdição de pesca no local entra em seu 4º ano consecutivo

Foto: Reprodução
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12 março, 2020 às 12:49

Na última sexta-feira, 06, o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) decidiu prorrogar por um ano a suspensão da pesca no trecho do Rio Caiapó, da ponte localizada na TO-442, divisa entre os municípios de Araguacema e Caseara, até a foz do Rio Caiapó, afluente do Rio Araguaia.  A portaria n° 124 do Instituto, que proibiu a pesca no trecho nos últimos três anos, vence no próximo 10/04. O objetivo da proibição é garantir o repovoamento de peixes na região, uma vez que o local é considerado um importante berçário para várias espécies.

A decisão de manter a suspensão da pesca foi tomada após apresentação dos dados de produção da pesca referentes ao ano de 2019, feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), durante reunião dos parceiros do Projeto Propesca, em Araguacema. A apresentação mostrou dados de produção mensal de peixes, espécies capturadas e a renda que a pesca gerou nos municípios da região no ano passado.

O Propesca é um projeto da Embrapa e no Tocantins é coordenado pela Embrapa Pesca e Aquicultura.  O pesquisador Adriano Prysthon explica que o ano de 2019 foi de coleta de informações e que o objetivo é propiciar a possibilidade da comunidade enxergar a importância da pesca do ponto de vista produtivo, comercial, ambiental e da segurança alimentar. 

Durante a reunião, os pescadores solicitaram que o Naturatins prorrogue a proibição da pesca, inclusive na modalidade amadora, prevista na Cota Zero (pescar e comer no local até 5 Kg de peixe). Mas, para garantir a sustentabilidade econômica das comunidades abrangidas pela proibição, eles querem a liberação da pesca esportiva (pesque e solte), como forma de alavancar as atividades turísticas da região.

O presidente do Naturatins, Sebastião Albuquerque, informou que o órgão vai prorrogar por mais um ano a suspensão da pesca naquele trecho do Rio Caiapó. Quanto ao pedido de liberação da pesca esportiva, Albuquerque compreende que a atividade pode ser uma alternativa interessante, que protege os peixes e ao mesmo tempo gera renda para os pescadores.

O gestor disse também que não vê impedimento aparente, desde que a atividade seja feita com o acompanhamento de guias devidamente licenciados pelo órgão ambiental. “Entretanto, a decisão final sobre a questão deverá ser tomada após análise de informações técnicas, que embasaram a nova portaria”, contemporiza.

Albuquerque lembra que a portaria do Acordo de Pesca visa garantir o aumento da população das espécies locais, bem como a sobrevivência de famílias de pescadores que têm nesta atividade o único meio de adquirir renda.

Como o objetivo principal é construir estratégias e alternativas para solucionar a escassez do pescado na região que compreende as colônias de pescadores artesanais do referido trecho do Rio Caipó, o presidente pretende reunir a equipe técnica do Instituto e avaliar à possibilidade da regular a pesca esportiva no trecho em questão.

 

*Com informações da Secom/TO