No Amazon-Madri, evento paralelo à Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP 25), representantes do governo do Tocantins apresentaram painéis para o compartilhamento de informações sobre as políticas ambientais e o setor produtivo do estado, além de possibilitarem o contato com o mercado internacional de serviços ambientais.
No painel de Cadeias Produtivas da Biodiversidade, o vice-governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, destacou o potencial do capim dourado, buriti, babaçu, baru, pequi, biojoias, além da aquicultura.
Segundo Barbosa, o evento foi uma oportunidade de mostrar a forma como o estado conduz a sua política ambiental e o setor produtivo sem agredir o meio ambiente e sem aumentar a emissão de gases. "Esse evento, além de proporcionar a busca por parcerias para financiamento de projetos dos estados da Amazônia Brasileira, nós tivemos a oportunidade de falar do nosso estado, e aqui citei o que temos de melhor: o Jalapão, o Parque do Cantão, dos recursos hídricos e da nossa biodiversidade, um momento de mostrar para o mundo a riqueza do nosso estado e as políticas que desenvolvemos no Tocantins", pontuou.
O secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Renato Jayme, no painel sobre as perspectivas e os compromissos de governo para o desenvolvimento de baixas emissões na Amazônia, ressaltou que houve uma redução no desmatamento ilegal dos dois biomas presentes no estado em relação ao último ano - Cerrado (-10%) e Amazônia (-16%)-, sendo que a queda no bioma amazônico foi de 87% nos últimos 15 anos. Ele defende que a redução se deu graças à política ambiental implementada no estado e destacou que há um Projeto de Lei na Casa Civil que tem o objetivo de regulamentar o mercado de ativos ambientais.
Jayme também explanou sobre o programa Pátria Amada Mirim (PAM) e a Estratégia Tocantins 20-40. "O PAM é um programa socioambiental que promove a inclusão social de 25 mil crianças e adolescentes através de atividades da educação ambiental, que prevê a produção de 6 milhões de mudas e restauração de 12 mil hectares ao longo de três anos. Já a Estratégia Tocantins 20-40 irá delinear o desenvolvimento de baixas emissões no Estado para os próximos 20 anos, baseada em 4 eixos: econômico, social, ambiental e infraestrutura".
No evento também foi apresentado o Planejamento Estratégico do Consórcio Interestadual da Amazônia Legal 2019-2030, que tem como uma das metas a redução do desmatamento ilegal na região da Amazônia entre 80% e 100%. Para a consolidação desse planejamento, foram assinados dois documentos: o Memorando de Entendimento de apoio às ações do Consórcio, firmado entre o governo da França e o presidente Waldez Góes, e acordo de cooperação entre Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e todos os estados da Consórcio Interestadual da Amazônia Legal.