Nesta quarta-feira, 15, houve uma webconferência em que foi discutida a possibilidade de abrir o Centro de Pesquisa Canguçu (CPC) para turismo nos próximos meses. A fauna e flora do local é muito rica, já que é localizado no município de Pium, sudoeste do estado, entre duas importantes Unidades de Conservação, o Parque Nacional do Araguaia e o Parque Estadual do Cantão.
A reunião foi promovida pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), com participação do presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc) e secretário de Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Tom Lyra, do reitor Luis Eduardo Bovolato, do coordenador do CPC, Renato Torres Pinheiro, e da Superintendente de Turismo, Maria Antônia Valadares.
O CPC foi inaugurado em 1999, pela ONG Instituto Ecológica e atualmente é gerenciado pela UFT. Apesar de sua concepção inicial como polo de pesquisa e ecoturismo, nos últimos anos seu aproveitamento tem sido voltado principalmente às atividades de pesquisa, gerando oportunidade para diversas produções científicas, dissertações e teses de mestrado e doutorado.
Tom Lyra pontuou a potencialidade do local. “A região do Cantão, onde se encontra o Centro de Pesquisa Canguçu, possui elevado apelo cientifico, tecnológico, econômico e social, sendo de interesse do Governo do Estado sua utilização racional e sustentável”. O presidente da Adetuc informou que irá visitar, ainda este mês, a região com o reitor Bovolato, e reiterou que levará o convite ao governador Mauro Carlesse e ao presidente do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Sebastião Albuquerque.
Estrutura
O Centro de Pesquisa está situado na região de maior biodiversidade do Estado, na transição do Cerrado com a Amazônia e uma das mais importantes em termos de conservação, proporcionando aos visitantes oportunidade para conhecer a fauna, flora, história e geografia regional, com destaque para a Ilha do Bananal, maior ilha fluvial do mundo. O local é ideal para a prática da pesca esportiva e trilhas, sendo possível a observação de aves e, mais raramente, de onças-pintadas, ariranhas, cervos-do-pantanal e outras espécies.
Cedido à Universidade Federal do Tocantins em regime de comodato com o Instituto Ecológica, o CPC possui quatro suítes no bloco principal e sete apartamentos simples, com quatro leitos cada um, em bangalôs conexos. Há, ainda, área para camping com capacidade para 15 barracas pequenas, com um tanque/pia, duas duchas e dois banheiros.
A cozinha tem capacidade para processar alimentação para até 30 hóspedes, simultaneamente. No caso de grupos maiores, é possível acionar uma cozinha paralela, situada no bangalô de pesquisadores. O acesso pode ser previamente agendado junto à coordenação do Centro. Os visitantes precisam levar seus alimentos, roupa de cama e banho e jogos de talheres, pratos e copos. Os quatro servidores locais podem ser contratados à parte para prestação de serviços de cozinheira, guia para trilhas e piloteiro.