Sexta, 22 de Novembro de 2024

Opinião

Quarta Gloriosa: Como a castanha contribui para os povos da floresta

Por Glória Pires, Atriz e Empreendedora

Foto: Reprodução
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22 setembro, 2021 às 23:04

Salve Glorioses! Hoje se inicia a primavera, data especial para trazer para vocês uma história que flore o meu coração: a relação entre a gigantesca árvore da castanha-do-Brasil e dois pequeninos animais , evidenciando a importância de cada indivíduo no perfeito ciclo da vida. Neste caso, a cutia, que é o principal dispersor de sementes dessa enorme árvore por ser um dos únicos animais que conseguem roer o ouriço que pode conter até 25 semesntes (a castanha em si), enterrando  o restante quando finalizam a refeição; e a abelha mangava, grande como um besouro e que é a única que tem força para entrar na flor de castanheira e realizar a polinização.

Internacionalmente conhecida como Brazil Nut, foi muito cobiçada pelos ingleses que, no século XIX a adaptação e domesticação da Bertholletia excelsa em diversos países, mas a castanha-do-Brasil, mais conhecida como castanha-do-Pará, só mostrou desenvolvimento em solo Amazônico. Ela está presente em toda mata nativa Amazônica, incluindo Colômbia, Guianas, Peru, Venezuela E Bolívia, hoje seu maior produtor graças ao desmatamento  da nossa floresta, iniciado nos anos de 1970.

Durante o período das chuvas amazônicas diariamente os extrativistas, homens e mulheres que vivem na floresta, enfrentam perigos e dificuldades enormes, seguindo quilômetros de trilhas às margens dos rios para coletar os ouriços que caem da castanheira, quebrando-os com um facão ( O “terçado”) e, em seguida, colocando as sementes para secar à sombra, evitando a formação de fungos.  Depois são embaladas e enviadas para todo o Brasil.  Na Bemglô, temos a Castanha Pi’y, coletada pelo povo Kayapó, certificada com o selo @OrugensBrasil, na área de conservação conhecida como “Arco do Desmatamento”.

A natureza trabalha em um ciclo maravilhoso de cooperação. A cutia e a abelha, na manutenção da espécie da castanheira, que gera frutos não somente para esses animais como para para os seres humanos. Estes, lutam para que a mata – e todos que dependem dela – continuem vivos. Por isso é tão importante valorizar e prestigiar, divulgando e consumindo os produtos que são fruto ds iniciativas que mantém a floresta em pé! E não momento melhor que esse: hoje, junto com a primavera

Viva a riqueza do nosso Brasil! Viva a Floresta Amazônica! Viva a nossa castanha-do-pará!

Um beijo até a próxima Quarta Gloriosa!