Ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio tem insistido na tese de que o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) deve ser transformado numa agência de promoção do segmento. Mudança nesse sentido está prevista nos projetos de lei 2.724/2015 e 7.425/17, em tramitação no Congresso Nacional, que criam uma nova fonte de recursos a partir de um percentual de 1,7% da arrecadação bruta dos concursos e das loterias federais. Esse volume seria deduzido dos 20% da taxa de administração atualmente paga à Caixa Econômica Federal.
Presidente da Comissão Permanente de Turismo na Câmara dos Deputados, Newton Cardoso Jr. (MDB-MG), a agência funcionaria no formato de serviço social autônomo como as entidades pertencentes ao Sistema “S”. O deputado acredita que a mudança faria com que a Embratur tivesse condições de financiar projetos para o desenvolvimento do turismo, além de fomentar a capacitação de mão de obra para o setor. A baixa oferta de pessoas qualificadas é um dos gargalos do turismo brasileiro.
Entre 2017 e 2018, o turismo na América do Sul cresceu 3,2%, mas o Brasil só atingiu um aumento de 0,5%, enquanto no mundo todo o incremento do setor foi de 6%. O baixo índice brasileiro preocupa as autoridades, levando em consideração que o relatório da Organização Mundial do Turismo (OMT) divulgado em janeiro prevê um crescimento entre 3% e 4% para o turismo mundial.
É importante lembrar que o Brasil ocupa a primeira colocação no quesito recursos naturais no Ranking de Competitividade em Turismo do Fórum Econômico Mundial, o que garantiu a 27ª colocação entre os 136 países avaliados em 14 quesitos. E recursos naturais estão entre os grandes interesses dos viajantes em potencial.