Quarta, 26 de Novembro de 2025

Ourivesaria de Natividade é reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil

Tradição centenária do Tocantins obtém registro nacional durante a 111ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, em Brasília

Asccuna
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Caccau Ferreira/Governo do Tocantins

26 novembro, 2025 às 15:57

A Ourivesaria de Natividade, expressão artesanal que preserva técnicas seculares de produção em ouro e prata no sudeste tocantinense, foi oficialmente reconhecida como Patrimônio Imaterial do Brasil nesta terça-feira, 25 de novembro, durante a 111ª Reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.

O processo, iniciado em 2007, obteve o parecer favorável e foi aprovado de forma unânime durante votação; o ofício tradicional dos mestres ourives de Natividade passa ser um Patrimônio Imaterial do Povo Brasileiro, reforçando o valor histórico, artístico e identitário dessa prática para o povo brasileiro e será incluído no Livro de Registro dos Saberes

A reunião pública foi transmitida pelo canal do Iphan no YouTube e contou com conselheiros, especialistas, gestores e representantes de instituições culturais de todo o país. A Secretaria da Cultura do Tocantins (Secult) acompanhou a votação de forma online, reconhecendo a importância da decisão para o fortalecimento das políticas de preservação no estado.

Fizeram parte da comitiva de Natividade, para prestigiar o momento histórico, representando o Tocantins o Alessandro Lopes (Iphan), Tino Camelo (Secult Natividade), Cejane Pacini (Iphan), Noeci Carvalho (UFT), Ney Clara (consultora), Simone de Natividade (ASCCUNA), Danilo Curado, Superintendente do Iphan TO e o Mestre Wal, ourives de Natividade.

Saberes centenários

A Ourivesaria de Natividade é uma das manifestações mais emblemáticas do Tocantins, marcada pela produção artesanal minuciosa, pela transmissão de saberes entre gerações e pela forte ligação com a história do antigo arraial, berço de tradições que remontam ao período colonial. O reconhecimento nacional amplia a visibilidade dessa prática e reforça a necessidade de ações de salvaguarda e valorização dos mestres ourives e de suas comunidades.