Com apoio do governo do Tocantins, por meio da Secretaria dos Povos Originários e Tradicionais (Sepot) em parceria com a Anater – Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural, foi concluído o primeiro ciclo de cinco ‘Oficinas de Assistência Técnica e Extensão Rural Indígena’, no estado.
As oficinas ministradas pela Anater do dia 2 a 5 deste mês, encerrou o ciclo com a visita ao povo Xerente, na aldeia Nova Mrãiwahâ, em Tocantínia. Esta ação contou com o apoio logístico da Sepot, que acompanhou o cronograma de visitas por meio da Diretoria de Proteção aos Indígenas da Pasta.
Na aldeia Nova Mrãiwahâ, o assessor da Sepot, Josimar Sitbró Calixto Xerente e a equipe da Anater iniciaram o encontro com a escuta ativa do povo Xerente, ouvindo o pronunciamento do ancião João Calixto Kassuwanrī, pai do cacique Leomar Waihinē Calixto Xerente, que também participou do diálogo.
Em seguida, a assessora da Diretoria Técnica da Anater, Iracema Freitas, explicou que a oficina tem foco em temas como segurança alimentar, nutricional e desenvolvimento sustentável, para incentivar a implantação de projetos voltados à realidade dos territórios.
As oficinas deste ciclo foram realizadas na aldeia Takaiurá, em Lagoa da Confusão, com os povos da etnia Krahô da aldeia Takaywrá, Krahô Kanela das aldeias Lankraré e Catamjé I e II; da etnia Javaé das aldeias Boto Velho, Waonlynã, Txodude, Horo Tory Hawa; da etnia Awa Canoero da aldeia Itaro; e etnia Kanela do Tocantins da aldeia Krim Patehi.
Em seguida, a iniciativa esteve em Itacajá, onde a oficina foi ministrada para a etnia Krahô da aldeia Galheiro; em Tocantinópolis, foi a vez da etnia Apinajé da aldeia Apinajé; em Santa Fé do Araguaia participou a etnia Karajá Xambioá que se reuniu na aldeia Wary Lyty, encerrando com a etnia Xerente, na aldeia Nova Mrãiwahâ, em Tocantínia.
A proposta envolveu momentos de orientação, troca de saberes e incentivo a ações sustentáveis dentro das aldeias. O cronograma foi construído com a parceria técnica da Sepot, Anater, Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e a Secretaria Municipal dos Povos Originários e Tradicionais de Lagoa da Confusão.
Essa ação conjunta buscou promover o incentivo ao acesso a políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável, ampliando a presença do Estado nos territórios e garantindo que as comunidades sejam protagonistas dos processos que impactam suas realidades.


