A partir deste ano, as tartarugas que vivem às margens do Rio Araguaia, no povoado de Garimpinho, terão apoio da Secretaria do Meio Ambiente de Araguaína no monitoramento durante o período de eclosão de ovos, entre agosto e dezembro. A resistência dos filhotes também será desenvolvida com a construção de um berçário.
Quatro técnicos da Secretaria do Meio ambiente já haviam visitado as 17 ilhas que compõe Garimpinho em novembro, para detectar as áreas em que os répteis botam ovos. Um dos técnicos responsáveis por isso foi o educador ambiental de Araguaína, Edilmo Azevedo. Segundo ele, foi utilizado um GPS para planejar todo o trabalho que será feito. Durante a identificação inicial, alguns filhotes que tinham acabado de nascer foram os primeiros a receber salvamento do projeto.
Ainda de acordo com Adilmo, o Projeto Quelônios de Araguaína envolve todas as espécies que vivem na região, que são tracajás e tartaruga da Amazônia. As mães costumam colocar 100 ovos a uma profundidade de 50 centímetros. A eclosão ocorre de 45 a 50 dias depois.
Após quebrar a casca do ovo, os filhotes ficam expostos aos predadores e sem a defesa. “A tartaruga põe os ovos e vai embora. Quando os ovos eclodem, os predadores são atraídos pelo cheiro do umbigo dos filhotes. Por isso, eles serão recolhidos e ficarão no berçário até a cicatrização do umbigo e o desenvolvimento dos cascos”, explicou.
Técnicos municipais do Meio Ambiente estarão presentes no local durante todo o período de nascimento dos quelônios. O projeto também prevê a participação de voluntários, entre moradores da região e acadêmicos.