O Governo do Tocantins, por meio da Secretaria de Povos Originários e Tradicionais (Sepot) participa do Seminário REDD+ e Terras Indígenas, organizado pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI). A secretária dos povos originários e tradicionais do Tocantins, Narubia Werreria, participou da abertura na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O evento começou nesta segunda, 11, e segue até esta terça-feira, 12, com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, além de povos indígenas, indigenistas e representantes de órgãos ambientais.
O objetivo principal do seminário é promover o diálogo entre lideranças indígenas e organizações, consolidando o entendimento sobre a REDD+ e discutindo o mercado de carbono. Prioriza-se a participação e benefícios dos povos indígenas, visando proteger seus territórios.
O tema da mesa de abertura foi “O papel dos territórios indígenas para a saúde do planeta”. Para Narubia, o tema trata-se de uma discussão muito importante. “Estamos aqui atendendo ao chamado da nossa ministra Sônia Guajajara. Essa discussão perpassa pelos povos indígenas, pois são nos territórios onde estão os maiores sumidouros de carbono do mundo. E nós, enquanto Governo do Estado do Tocantins, que tem feito um projeto pioneiro na área do Redd, estamos aqui nesse debate de suma importância”, disse.
Na abertura, a ministra Sônia destacou que é de extrema necessidade que o Ministério dos Povos Indígenas atue frente a esta temática. “O debate possui alta relevância no âmbito das questões relacionadas à justiça climática e possui interlocução direta com a proteção dos direitos indígenas nas ações nacionais de mudança do clima. Foi necessário chamar todos aqui para conversar, no sentido de encontrar formas de salvaguardar os territórios indígenas pois se consideramos que eles são necessários à saúde do Planeta, não é cabível que as pessoas que fazem esse território, os povos indígenas, sofram e sejam prejudicados no desenvolver da tarefa de manter o planeta saudável”.
REDD+
REDD+ é um incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para recompensar financeiramente países em desenvolvimento por seus resultados de Redução de Emissões de gases de efeito estufa provenientes do Desmatamento e da Degradação florestal, considerando o papel da conservação de estoques de carbono florestal, manejo sustentável de florestas e aumento de estoques de carbono florestal.